Um pouco da História das Ameixas d' Elvas
Quis a Natureza que lá para os lados da Ásia Menor
nascesse um fruto que cientificamente se inclui dentro da especie "prunus
Domestica", mas que pelas suas características particulares logo se distinguiu
de outras ameixeiras ditas europeias. Dali passou à Europa e encontrou em
França boa condições de vida.
O nome de Rainha Cláudia (1499-1524), foi-lhe
dado em honra da filha de Ana da Bretanha e de Luís XII, a Duquesa da Britânia,
que se tornou na primeira mulher do rei Francisco I de França.
Cultivada no Alto-Alentejo interior desde há séculos,
a variedade de ameixeira "Rainha Cláudia Verde" adquiriu uma
especificidade própria, fruto das condições ecológicas da região, que a tornam
diferente da produzida em outras regiões. Essa adaptação perfeita aos solos e clima
da região, tornam possível por exemplo a sua cultura praticamente sem recurso à
utilização de pesticidas, encontrando-se a maioria dos pomares em perfeito
equilíbrio ecológico.
Condicionada pelas exigências em frio durante o
inverno e calor durante a maturação dos frutos, a cultura encontra-se
naturalmente delimitada a alguns concelhos do Alto Alentejo, onde é possível
produzir a qualidade exigida pela transformação. É exclusivamente nesta região
que são produzidos os frutos certificados com a Denominação de Origem AMEIXAS
D' ELVAS.
Desde os tempos do Infante D. Henrique, que as Ameixas
d' Elvas são confitadas nesta região, sendo um dos mais antigos produtos da
doçaria tradicional portuguesa. Primeiro nos conventos de freiras, donde saíam
só para épocas festivas e mesas abastadas, depois a partir de 1830 em pequenas
industrias artesanais, conquistando os mais exigentes mercados em todo o mundo.
Ainda no Séc. XIX as "Ameixas d'Elvas" foram
reconhecidas com mais de 200 prémios e medalhas de ouro nas exposições
internacionais em que participaram.